Amigo(a) leitor(a),
Venho escrevendo sobre os movimentos sociais que estão desaparecendo ao passar dos tempos. Claro que assuntos como este, já vêm pronto e destinado a causar polêmicas e discordância de alguns, também em outros que possam sentir-se ofendidos. Porém, democraticamente como é este espaço onde expresso minhas opiniões mensalmente através desta coluna, vou me ater a agradecer aos comentários dos amigos(as) leitores(as) e em especial da amiga Nádia Ayres. Digo que tenho de concordar que algumas pessoas que estão no movimento social, realmente querem somente fazer um trampolim político ou de ascensão pessoal e não social ou coletiva. Que observamos vários “ditos” líderes ou representantes comunitários, com seus “carguinhos” comissionados nos gabinetes dos vereadores, deputados e/ou secretarias, buscando ganhar seu “quinhão” e vantagens, nada contra, acho até louvável buscar melhorias para sua vida, desde que não se perca a linha de ação, as propostas e a missão que se propuseram a buscar no início dos trabalhos. Que ao longo dos anos, percebo que o abandono dos objetivos que as “associações e demais instituições” tinham ao iniciar os trabalhos nas comunidades, foram-se, extinguiram-se gradativamente, somando-se a este, a falta de organização e união, o que leva a um total descaso das autoridades em priorizar os investimentos necessários e a prioridade no orçamento público para nossa região oeste. Quem se lembra dos movimentos das Creches Conveniadas? A luta que muitos companheiros(alguns que já não fazem mais parte deste plano terreno), em conquistar o que se tem hoje. E agora, parece que as lideranças estão satisfeitas...que esta tudo bem...que nada mais precisamos. Hora, as Creches Conveniadas estão abandonadas pelo poder público, pela secretaria municipal de educação e pelos seus dirigentes. Uma *per capta defasada, e fora da realidade, se comparada com os valores repassados às unidades públicas. Na verdade, a diferença dos valores pagos ao atendimento às crianças que freqüentam as creches conveniadas e as públicas é exorbitante, então...o mesmo atendimento é prestado, mais os valores diferentes? Crianças não tem direitos iguais? E tem de ser tratadas iguais? Como descrito no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA-Lei Federal 8.069/90). Mas, agora não há mais aquela discussão nos Conselhos de Direitos (Educação, Assistência...)as lideranças calaram-se, omitiram-se...e não se manifestam mais, não provocam...pois o “medo” das represálias e/ou em perder seus “Convênios” fala mais alto do que as necessidades e os direitos das crianças e das famílias atendidas em suas unidades. O que está acontecendo com os movimentos sociais? Cadê a garra das lideranças? Cadê os manifestos e abaixo-assinados buscando melhorias para suas comunidades e região? O Movimento Enfrente as Drogas estacionado, como se o problema não fosse tamanho e gravíssimo? Cadê a participação das lideranças no Conselho Distrital de Saúde, na Comissão Local de Assistência Social e nas pré-conferências? O que observo é o esvaziamento destes espaços, a não representação das Comunidades que deveriam se fazer presentes, através de seus líderes (ou ditos líderes) A luta acabou? A guerra foi vencida? Não precisamos de mais nada? É a pergunta que deixo nestas linhas...e gostaria que “estes” comentassem e expressassem suas opiniões. Um grande abraço a todos e se Deus quiser, continuaremos neste tema na próxima edição.
Por Marcelo Machado
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