NÃO POSSO ME CALAR!

Estamos num estranho momento em que a maioria da sociedade prefere a omissão e o silêncio e alguns outros acham que basta a sua manifestação nas redes sociais, é claro que a segunda opção é uma forma de expressão e pode servir como pressão aos organismos de poder, mas não consigo aceitar a acomodação de lavar as mãos, aliás, tem uma máxima que afirma; “O pior lugar para estar numa guerra, é em cima do muro, pois corre o risco de levar tiro dos dois lados e para se combater de fato é preciso que se esteja com a base firme e abrigado em argumentos fortes”.

Não posso aceitar que a falta de respeito ao ser humano, chegue ao ponto de matar por ser diferente, de odiar o outro  por professar a fé de outra forma, isso não é aceitável com nenhum tipo de desculpa.

O que já acontece no mundo pode acabar se tornando “normal”, por aqui, pois cada vez mais alguns insistem em discurso de ódio em nome de religiosidade, sexualidade e ideologia e aos poucos a sociedade vai se acovardando e o silêncio abre espaço para a violência.

Precisamos repudiar todo o discurso de ódio que alguns que se dizem líderes religiosos, políticos e sociais, fazem contra o que pensa diferente dele ou de sua doutrina.

Eu vou continuar fazendo o meu papel de ativista na mídia, na comunidade, na sociedade, na religiosidade de matriz africana e afro-brasileira, pregando o respeito ao próximo independente de sua forma de fé, orientação sexual, raça, cor e ideologia e cada vez mais me possicionar contra este equivocado discurso de ódio em nome do criador.

Somos todos iguais perante Olorun (Deus) e seu mensageiro principal Oxalá (Jesus), deixou registrado que DEUS É AMOR e acredito que nada exista fora deste amor.

Vamos respeitar o próximo!

Paulo Mendonça

*Publicado como editorial na edição 250 - junho de 2016 do Jorna REAL Notícias