quinta-feira, novembro 05, 2009

CROÁCIA PODERÁ FECHAR



Lideranças e dirigentes comunitários se reúnem em defesa dapermanência do atendimento da ORTOPEDIA e da manutenção do SERVIÇO DE PRONTO ATENDIMENTO 24 horas na CROÁCIA


No sábado dia 31 de outubro, lideranças, representantes e dirigentes institucionais de várias comunidades da zona oeste, estiveram reunidos com a direção da Casa de Saúde República da Croácia e com os presidentes dos Conselhos Distritais de Saúde da AP 5.2 e 5.3, Jorge Matheus e Adelson Alípio para fazerem um diagnóstico da possibilidade de ser paralisado o atendimento no único setor de Ortopedia Clínica que atende a população das comunidades de Campo Grande, Inhoaiba, Vasconcelos, Cosmos, Paciência, Guaratiba (Pedra, Barra e Ilha), Brisa e Sepetiba, além de moradores de Nova Iguaçu, Itaguaí, Seropédica e até Nilópolis e que poderá atingir o funcionamento do Serviço de Pronto Atendimento 24 horas.

Ao falar o diretor da Casa de Saúde República da Croácia, Dr. Luis Galdeman, falou da várias tentativas para manter funcionando o atendimento direto aos pacientes, mas que a Secretaria de Saúde insiste em manter o atendimento através de marcação nos Postos de Saúde, além da redução do número de atendimento diários na ortopedia. Também falou que esta redução, poderá provocar um fechamento também do SERVIÇO DE PRONTO ATENDIMENTO (SPA), pois não haverá condições financeiras para manter a estrutura de funcionamento.

O diretor administrativo da Casa de Saúde República da Croácia, Duque, fez um relato da realidade financeira que poderá acarretar na paralisação total dos atendimentos.

O Elton Gomes da Rosa, da Comissão de Moradores do Loteamento Novo Camarão e Lins Cerqueira, presidente da Associação de Moradores São Domingos Sávio e da Associação de Moradores do Loteamento São Miguel, cientes da importância do atendimento de ortopedia na Croácia para toda a região, tomaram a iniciativa de criar um documento ao Prefeito que foi assinado por várias entidades comunitárias e protocolado na Prefeitura no dia 30 de outubro, sexta-feira e tem o seguinte teor: “Junto com nossas homenagens permita-nos, na qualidade de representantes de uma comissão de Associações Moradores da Zona Oeste do Rio de Janeiro, solicitar a Vossa Senhoria que interceda junto ao Secretário Municipal de Saúde e Defesa Civil, Senhor Hans Fernando Rocha Dohmann solicitando apoio para a solução de um fato que, se for adiante, prejudicará todas as Comunidades aqui representadas.
Após tomarmos ciência de que o Município pretende diminuir o número de atendimentos em ORTOPEDIA que são executados pela Casa de Saúde República Croácia CNPJ 33.726.779/0001-86 (convênio com o INSS e SUS) que é uma entidade tradicional em nossa região, atende as especialidades de RX, ECG, ORTOPEDIA, EXAMES LABORATORIAIS, INTERNAÇÕES e não faz distinção para o atendimento que contempla Moradores desde Campo Grande até sepetiba. Fundada em 08/05/1964 conforme a Lei 3577 de 04/07/1959, reconhecida como entidade filantrópica de utilidade pública Municipal pelo projeto de Lei 365 A de 1997, pela Lei Estadual 1222 de 28/12/1966 e Federal pela portaria do Ministério da Justiça n° 900 de 04/10/2001, resolvemos unir forças em defesa, não da instituição mas sim de nossas Comunidades que serão os verdadeiros prejudicados se perderem essa importante “válvula de escape” que tem absorvido a grande demanda, uma vez que nas unidades de saúde do Estado e Município há uma superlotação que dificulta a execução de um atendimento de qualidade e muitos pacientes ficam meses aguardando, após a marcação das consultas. Há, também, inúmeros casos de pessoas que fazem o 1° atendimento nos postos de saúde, são encaminhados para exames que já demoram para chegar e, quando estão prontos existe a necessidade de retornar para a avaliação médica mas é preciso marcar uma nova consulta que quando se consegue, muitas das vezes os exames iniciais já perderam a validade e é preciso refazer os exames, já vencidos. Então o “paciente” tem que ser paciente e voltar ao círculo para começar tudo novamente, quando conseguem. Sabemos que isso não acontece com todos mas a proporção é muito grande e mostra, claramente, que é necessário que se tenham outras opções eficazes para que possamos reduzir os índices que só vem aumentando.
Estamos pleiteando, com esta solicitação, formas de achar uma solução plausível que não traga prejuízos para as partes que devem agir buscando beneficiar o maior interessado que é composto por pessoas que não tem recursos para pagar um plano de saúde, pois na maioria das vezes são assalariados e não podem comprometer o sustento dos seus.
Para se ter uma idéia dos serviços prestados por esta entidade (que atua 24 horas por dia de Domingo a Domingo), fizemos uma pesquisa dos atendimentos nos meses Maio a Setembro de 2009 e constatamos que o SPA atendeu: Clínica médica (Agosto 3.479) (Setembro 3.715), Consulta em Ortopedia (Maio 3.525) (Junho 3.429) (Julho 3.024) (Agosto 3.214) (Setembro 3.589) e Procedimento em ortopedia (Maio 3.060) (Junho 3.131) (Julho 2.770) (Agosto 2.956) ( Setembro 3.118) atendimentos.
Essa pesquisa mostra que se os “pacientes” procurassem os postos de saúdes e hospitais da região provavelmente nem todos teriam sido atendidos ainda.
Infelizmente devemos citar, mesmo que, com tristeza, que os baixos salários, médicos descontentes, enfermagem pouco qualificada, falta de medicamentos, hospitais insuficientes e mal aparelhados e um atendimento precário demonstram a saúde pública brasileira e sabemos que os novos governos travam verdadeiras batalhas na busca de soluções para esses fatos que são de conhecimento da opinião pública. Então, porque reduzir a quantidade do atendimento que é feito pela Casa de Saúde República Croácia? Será que esta não seria uma ação para ser discutida e, se fosse necessária, que fosse tomada após a reestruturação da saúde pública? O povo brasileiro, literalmente falando, só tem uma coisa: A Morte.
Enquanto muitos políticos brasileiros praticam a corrupção ao desviarem altíssimas somas em dinheiro do tesouro público, cerca de 30% da população, ou mais, sobrevive com menos de um salário mínimo. E para agravar, ainda temos episódios inaceitáveis como a proposta de aumento do salário dos deputados sem contar que os governos terão de gastar verdadeiras fortunas para a preparação dos jogos olímpicos de 2016. Então perguntamos, ainda: Porque a saúde não é tratada com o mesmo interesse pelos governos? Porque é sempre tão difícil decidir algo que é para o bem e em prol do povo ? De um lado, assistimos ao avanço tecnológico desfrutado por cerca de 2% da população; de outro, assistimos à crescente marginalização da maioria que sequer consegue alfabetizar-se minimamente.
Não conseguimos imaginar prazer maior para um povo do que ser bem atendido numa instituição, que é tradicional, quando os setores de saúde de nossa região naufragam porque tudo o que faz é atender emergências (muito mal), não ter especialidades necessárias à disposição (sempre falta alguma) enquanto nos postos de saúde as pessoas precisam marcar consultas para alguns meses depois e quando conseguem os exames pedidos na consulta anterior já não tem validade porque passou-se muito tempo (alguns não chegam a ser atendidos. Causa? FALECIMENTO).
As lideranças aqui descritas estão, com este ato, juntamente com um abaixo assinado contendo quase 10.000 (dez mil) assinaturas e colhendo outras, Buscando esperanças em meio ao sofrimento e esperam deferimento quanto ao pedido feito demonstrando a mesma preocupação dos governos que se preparam para o evento de 2016."
Lista de assinaturas: Silas de Souza ( Associação de Moradores Eucalipal), Severino Pedro de Lima (Associação de Moradores do Morro do Chá), Lins Cerqueira (Associação de Moradores São Domingos Sávio), José Carlos do Nascimento (Associação Moradores Vila Nova Sepetiba), Vilma Farias Cardoso (Associação de Mulheres Sepetiba), Rogério (Associação Moradores Vale do Sol), Valentim (Casa Centro de Integração Social Cesarão), Franscisco I. Filho (CISA), George (Creche Comunitária Primeiros Passos – Urucânia), Cândido Marioano (Associação de Moradores Amigos do Barro Vermelho e Adjacências), Rita Lúcia O. da Costa (Associação de Moradores Jardim Nova Urucânia), José Lins Cerqueira (Associação Moradores de São Miguel), Mário Andrade (Centro Social Integração a Criançada Pedra de Guaratiba), Fátima Roque de Lima (Associação de Moradores Amigos do Novo Artizona), José Antônio Martins (Associação Jardim São Bendidto), Iracema Maria Pereira (Associação de Moradores Villaje do Coqueiral), Ricardo Santos (Associação de Moradores Sebastião Lan), Luis (Emanuele Locadora de Veículos), Josimaer Lemos da Silva (Associação de Moradores e Amigos Bairro Espírito Santo), Evandro (Associação de Moradores Zé do Zinco), Carlos Roberto de Souza Bernardo (Associação de Moradores e Amigos do Zepelim), Osvaldo Antõnio (Associação de Moradores do Camarão e Novo Camarão), Getúlio Lima (Associação de Moradores e Amigos do Conjunto Nova Sepetiba I), Ceci – Dito (Associação de Moradores São Benedito), -Geci Ribeiro da Silva (Associação de Moradores do Vale do Sol), Sandra Lúcia Couto (Associação de Moradores Conjunto Liberdade), Rogério Maximino de Souza (Associação de Moradores do Loteamento Morada do Sol), Edison(Associação de Moradores Mangueiral), Antonio Nascimento (Centro de Int. Com. N. S. Maria Auxiliadora), André Luiz (Unidos da Rua 7 – Cesarão) e Paulo Sarrazani (Igreja Congrecional do Morro do Chá).

OBS.: Informamos, ainda, que a referida instituição já protocolizou solicitação de audiência ( n° 008.737 ) com o Senhor Secretário Municipal de Saúde e Defesa Civil para enumerar as dificuldades que a Casa de Saúde e a população sofrerão se houver corte no número de ortopedia, sem contar com má impressão que causará a um governo que é voltado para o bem estar da população.”

Na apresentação do documento na reunião mais lideranças e dirigentes decidiram assinar o mesmo, chegando a cerca de cinqüenta assinaturas institucionais.
Novas assinaturas: Maria de Souza (Associação de Moradores Parque Florestal), Ana Brochado (AMOL 14), Maria Brochado (Associação de Moradores Conjunto do Império), Claudio (Centro de Integração Social Isabel Maria), Célio do Castilho, Hélio Carlos Ferreira (Associação de Moradores e Amigos de Paciência), Carlos Alberto Ribeiro (Associação de Moradores do Conjunto Urucânia), Haydê Vieira Francisco e Eunice Vieira Francisco (Associação de Moradores Areal - Sepetiba), Fabiano Alves (AMMAY), Geraldo Batista (AMRCTP), Eduardo Nunes de Lima (AMABBEVE), Severino Gomes da Rocha (Liberdade), Getúlio Gomes da Rocha (Associação de Moradores do Conjunto Liberdade), Carlos, (Associação de Moradores do Conjunto Jardim Vitória), Joilson Moço (APAPDSC – Associação de Pais dos Portadores de Deficiência de Santa Cruz), Gilberto Nicácio Aragão (Associação de Moradores do Conjunto João XXIII) e Carlos Jorge ----- (Associação de Moradores do Conjunto Jardim Vitória),

O Presidente do Conselho Distrital de Saúde da AP 5.2 (Campo Grande e região), Jorge Matheus, ao fazer uso da palavra, destacou que proporcionalmente a Croácia atende mais pacientes de sua área programática do que de Santa Cruz, Paciência e Sepetiba e destacou a importância de se manter a porta de entrada livre aos pacientes que precisam de atendimento de ortopedia clínica e que o sistema de marcação só irá fazer as pessoas sofrerem mais nas filas de espera.

Ao falar o Adelson Alípio, presidente do Conselho Distrital de Saúde da AP 5.3 (Paciência, Santa Cruz e Sepetiba), qualificou como absurdo o que a Secretaria de Saúde quer fazer ao dinamizar que os atendimentos sejam apenas marcados através das unidades e questionou como será o atendimento das pequenas emergências e dos pacientes que sofrem de problemas crônicos e naturalmente estão sujeitos a crises de dores e precisam ser medicados de imediato, o que vem sendo feito na Croácia. E fez questão de deixar claro que é a favor da dispensa dos serviços complementares, mas apenas e quando o poder público tiver implementado e fazendo funcionar estes serviços nas unidades. “Não podemos ver a população perder um serviço de atendimento de ortopedia clínica e não manifestarmos nossa indignação... Além da preocupação de Sepetiba e região, também vir a perder o atendimento da Croácia na parte clínica... A população de Sepetiba muitas vezes não tem nem o dinheiro da passagem para ir até o Hospital Pedro II, além da falta de transporte em determinados horários e locais...”.

Entre os muitos representantes de comunidades que participaram das discussões nesta reunião, destacamos os seguintes: Adão, Ana Brochado, Ana Cristina Rocha, Bárbara, Claudio de Nova Sepetiba, Carlos Alberto Ribeiro(Carlinhos de Urucânia), Carlos, Eduardo Nunes, Dona Ló, Eunice Vieira Francisco, Franscisco I. Filho, Francisco Rocha Oliveira, Getúlio Gomes da Rocha, Gilberto Nicácio, Haydê Vieira Francisco, Hélio Carlos Ferreira, Lins Cerqueira, Marília Severino Pedro de Lima, Severino Rocha, Vilma Farias Cardoso, que manifestaram sua indignação com a atitude da Secretaria Municipal de Saúde em reduzir o número de atendimento e definir como porta de entrada a marcação através das unidades, além de não dar condições de melhoria no atendimento a população no SERVIÇO DE PRONTO ATENDIMENTO (SPA).

No último dia 5, a direção da Casa de Saúde República da Croácia, esteve reunida com a equipe de técnicos da Secretaria Municipal de Saúde e recebeu uma orientação para apresentar uma contraproposta para ser levada pelos técnicos ao Secretário e ao Prefeito a fim de definir como ficará o atendimento da Croácia a população.

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