Multada em R$ 10,5 milhões pela Secretaria Estadual do Ambiente (SEA) por poluir o ar, a ThyssenKrupp Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA) desculpou-se hoje (1º) e disponibilizou uma linha telefônica para tirar dúvidas da população. Duas localidades do bairro de Santa Cruz, na zona oeste do Rio, onde vivem 5 mil pessoas, foram afetadas por um vazamento de resíduos.
É a terceira vez que a siderúrgica é autuada pelo crime ambiental chamado nuvem de prata. A companhia, que é uma das maiores da América Latina, foi multada em R$ 4,6 milhões – R$ 1,8 milhão em 2010 e R$ 2,8 milhões em 2011. Desta vez, também terá que pagar 4,5 milhões em medidas de compensação, como plantio de 15 mil árvores.
Na última segunda-feira (29), por falta de umidificação, que é feita com auxílio de carro-pipa, ventos associados ao tempo seco espalharam pelo ar, no entorno da CSA, resíduos de escória – subproduto da produção de ferro usado na construção civil –, que contém grafite. A companhia informou ter detectado o problema após minuciosa apuração interna.
“A TKCSA reconhece que o grafite é oriundo do seu processo de produção e desculpa-se com seus vizinhos pelo incômodo”, diz a siderúrgica, em nota.
Apesar da preocupação de técnicos da SEA com o agravamento de problemas respiratórios, alérgicos e dermatológicos entre os moradores de Santa Cruz, a CSA diz que a substância não é tóxica e informa que tomou todas as medidas para “ajustar procedimentos como o aumento da frequência da umidificação para o caso de condições climáticas semelhantes”.
De manhã, em entrevista coletiva, o secretário Carlos Minc disse que não vai mais tolerar acidentes deste “em uma das companhias mais modernas do planeta”. Minc prometeu endurecer mais ainda nas multas e ameaçou embargar a companhia, se a situação se repetir. “A paciência acabou. Eles não podem brincar com a saúde das pessoas.”
Cumprindo um termo de ajustamento de conduta, a CSA passou dois anos sem registrar vazamento de resíduos, em função de modificações nos procedimentos e de investimentos em novos equipamentos. Somente o revestimento para “enclausurar” um dos poços onde substâncias são tratadas, conforme determinado pela secretaria, custou R$ 40 milhões.
“Não é aceitável que, pela terceira vez, uma empresa cause um incômodo a 5 mil pessoas. Não é que mate [a nuvem de prata], mas quem tem asma entra em crise, quem tem doença de pele empola”, exemplificou Minc, que também criticou o aumento da poeira no bairro de Santa Cruz.
O telefone da CSA para tirar dúvidas sobre o vazamento é 0800 021 51 23. A ligação é gratuita.
É a terceira vez que a siderúrgica é autuada pelo crime ambiental chamado nuvem de prata. A companhia, que é uma das maiores da América Latina, foi multada em R$ 4,6 milhões – R$ 1,8 milhão em 2010 e R$ 2,8 milhões em 2011. Desta vez, também terá que pagar 4,5 milhões em medidas de compensação, como plantio de 15 mil árvores.
Na última segunda-feira (29), por falta de umidificação, que é feita com auxílio de carro-pipa, ventos associados ao tempo seco espalharam pelo ar, no entorno da CSA, resíduos de escória – subproduto da produção de ferro usado na construção civil –, que contém grafite. A companhia informou ter detectado o problema após minuciosa apuração interna.
“A TKCSA reconhece que o grafite é oriundo do seu processo de produção e desculpa-se com seus vizinhos pelo incômodo”, diz a siderúrgica, em nota.
Apesar da preocupação de técnicos da SEA com o agravamento de problemas respiratórios, alérgicos e dermatológicos entre os moradores de Santa Cruz, a CSA diz que a substância não é tóxica e informa que tomou todas as medidas para “ajustar procedimentos como o aumento da frequência da umidificação para o caso de condições climáticas semelhantes”.
De manhã, em entrevista coletiva, o secretário Carlos Minc disse que não vai mais tolerar acidentes deste “em uma das companhias mais modernas do planeta”. Minc prometeu endurecer mais ainda nas multas e ameaçou embargar a companhia, se a situação se repetir. “A paciência acabou. Eles não podem brincar com a saúde das pessoas.”
Cumprindo um termo de ajustamento de conduta, a CSA passou dois anos sem registrar vazamento de resíduos, em função de modificações nos procedimentos e de investimentos em novos equipamentos. Somente o revestimento para “enclausurar” um dos poços onde substâncias são tratadas, conforme determinado pela secretaria, custou R$ 40 milhões.
“Não é aceitável que, pela terceira vez, uma empresa cause um incômodo a 5 mil pessoas. Não é que mate [a nuvem de prata], mas quem tem asma entra em crise, quem tem doença de pele empola”, exemplificou Minc, que também criticou o aumento da poeira no bairro de Santa Cruz.
O telefone da CSA para tirar dúvidas sobre o vazamento é 0800 021 51 23. A ligação é gratuita.
Reportagem de Isabela Vieira, da Agência Brasil, publicada pelo EcoDebate - www.ecodebate.com.br em 03/11/2012
Imagens: Tv Globo e acervo
Imagens: Tv Globo e acervo
Comentário do Editor
Desde o processo de instalação da CSA em Santa Cruz, quando aconteceram as audiências públicas no bairro e nas áreas vizinhas (Município de Itaguaí e no bairro de Sepetiba), que tomei conhecimento que haveria o aumento da poeira e a possibilidade de liberação de resíduos no ar e na época as autoridades do setor ambiental davam garantias de controle. Inclusive depois o INEA declarou ter uma unidade instalada dentro da companhia, tendo o total controle da situação.
Agora em mais um episódio ocacionado pela alteração climática, (que é possível aos órgãos saberem antecipadamente), aconteceu outra vez a tal “chuva de prata” e as autoridades então falam em diminuir a tolerância. Até agora foi tolerado? Existe o crime ambiental? Por que não foi evitado?
O que acho estranho é todo esta pressão, logo depois da TCSA anunciar a intenção de negociar as suas ações.
Não sou especialista no tema, mas não vejo como culpar a empresa por toda a poluição existente no bairro e região.
Vale destacar que alguns benefícios a empresa trouxe para a população.
O que é preciso ser feito para evitar os danos cabe aos órgãos públicos exigirem da TCSA e fiscalizarem a mesma com seriedade e firmeza, sem show para mídia.
Desde o processo de instalação da CSA em Santa Cruz, quando aconteceram as audiências públicas no bairro e nas áreas vizinhas (Município de Itaguaí e no bairro de Sepetiba), que tomei conhecimento que haveria o aumento da poeira e a possibilidade de liberação de resíduos no ar e na época as autoridades do setor ambiental davam garantias de controle. Inclusive depois o INEA declarou ter uma unidade instalada dentro da companhia, tendo o total controle da situação.
Agora em mais um episódio ocacionado pela alteração climática, (que é possível aos órgãos saberem antecipadamente), aconteceu outra vez a tal “chuva de prata” e as autoridades então falam em diminuir a tolerância. Até agora foi tolerado? Existe o crime ambiental? Por que não foi evitado?
O que acho estranho é todo esta pressão, logo depois da TCSA anunciar a intenção de negociar as suas ações.
Não sou especialista no tema, mas não vejo como culpar a empresa por toda a poluição existente no bairro e região.
Vale destacar que alguns benefícios a empresa trouxe para a população.
O que é preciso ser feito para evitar os danos cabe aos órgãos públicos exigirem da TCSA e fiscalizarem a mesma com seriedade e firmeza, sem show para mídia.
Paulo Mendonça - Real Notícias - diretor geral
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